Início » Entrevistas » Começamos 2024 com uma entrevista mais que especial! Tivemos a honra de conversar com Mariangela Zan
Começamos 2024 com uma entrevista mais que especial!

Começamos 2024 com uma entrevista mais que especial! Tivemos a honra de conversar com Mariangela Zan

Foto: João Athaide

Filha do renomado Mario Zan, cantora e apresentadora do programa Aparecida Sertaneja (TV Aparecida) fala de sua vida e sobre a música raiz e sertaneja

Com uma trajetória repleta de experiências memoráveis, Mariangela compartilha conosco momentos emocionantes de sua carreira, desde suas apresentações marcantes na Sala São Paulo até a participação no Festival América do Sul, onde pôde reconectar-se com as raízes da icônica música “Chalana” – uma obra-prima de seu pai.

A cantora e apresentadora aborda a importância de preservar a obra de Mario Zan, que deixou um legado musical significativo para a música sertaneja.  Mariangela também comenta sobre seu desempenho à frente do programa “Aparecida Sertaneja” na TV Aparecida, explorando seu comprometimento em manter viva a tradição musical em meio a um cenário musical em constante evolução.

Veja a entrevista, cheia de insights sobre a música sertaneja, as experiências multifacetadas de Mariangela Zan e a influência duradoura de Mario Zan na cena musical brasileira.

Mariangela, você participou de diversos programas de televisão e eventos culturais em todo o país. Qual foi a experiência mais memorável para você durante essas apresentações?

Foi em 2006, quando fui a Corumbá (MS) acompanhar meu pai, Mario Zan, para ele receber uma homenagem no Festival América do Sul e pude conhecer o local onde ele compôs “Chalana”. Eu até fiz uma foto com papai no mesmo lugar em que ele tinha uma foto em 1944. Foi bem emocionante!

Mariangela e Mario Zan


Há dois shows marcantes na sua carreira: na Sala São Paulo, em 2004, acompanhada de orquestra, e no Festival América do Sul em Corumbá. Como esses shows impactaram sua carreira e quais lembranças especiais guarda deles?

O da Sala São Paulo foi incrível porque também era uma homenagem ao meu pai, com a banda da Polícia Militar paulista. O lugar estava lotado para homenagear Mario Zan e ele estava fazendo o que mais amava: tocar. E em Corumbá, como já citei, foi sensacional conhecer onde foi feita a música “Chalana” junto ao seu criador.

Sala São Paulo

Além das apresentações, você esteve envolvida em iniciativas musicais e educacionais, como os shows nos (Centros Educacionais Unificados) – CEUs e no projeto Integrasom Universitário. Como essas experiências influenciaram seu trabalho e o que a motiva a participar desses projetos?

As apresentações nos CEUs da capital paulista mudaram a minha forma de viver e pensar, pois tive a oportunidade de conhecer as comunidades de São Paulo e suas rotinas, meninas que faziam o ensino médio no CEU e buscavam seus bebês na creche do mesmo, adultos que eram alfabetizados nos  (Centros Estaduais de Educação de Jovens e Adultos) – CEEJAs. Então, convivi com uma realidade brasileira que me tocou muito. E poder levar alegria a essas pessoas foi muito gratificante. O Projeto Integrasom, da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, foi bem bacana. Foram apresentações para os professores e corpo docente das unidades em todo Estado. Foi bem desafiador e muito gratificante.

Em 2009, você lançou um CD em homenagem a seu pai, Mario Zan. Pode falar mais sobre esse projeto e a importância de preservar e compartilhar a obra de seu pai?

Na verdade eu lancei esse CD em 1997, com ele me acompanhando na sanfona, e foi relançado em 2009. Esse trabalho foi uma forma de manter viva a obra musical de Mario Zan, com muito orgulho!

Desde 2016 você tem se dedicado a shows em todo o Brasil e a apresentação do programa “Aparecida Sertaneja”, na TV Aparecida. Como você equilibra as duas facetas de sua carreira e o que os espectadores podem esperar da atração em 2024?

Hoje o “Aparecida Sertaneja” é o principal foco da minha vida, pois tudo que sou hoje é fruto desse programa na TV Aparecida. Amo apresentá-lo e amo fazer shows. Dá sim para conciliar direitinho, já que nos finais de semana estou livre para viajar pelo país.

Como tem sido a experiência de estar à frente desse programa e qual o impacto que você espera alcançar com ele?

 É sensacional!  Ter um espaço na TV que nos possibilita lançar tantos cantores novos e também trazer outros já consagrados. Sou muito feliz por apresentar o “Aparecida Sertaneja”, e peço a Deus e Nossa Senhora Aparecida que me permitam continuar por muitos anos à frente do programa.

Foto: Juan Ribeiro

Seu pai, Mario Zan, deixou um legado musical significativo. Como você vê o papel de preservar e promover a música tradicional num cenário musical em constante evolução?

Se não mantivermos a tradição, as músicas serão superadas por essas de letras apelativas e melodias pobres. É essencial mantermos o romantismo, a essência sertaneja, senão o que será da música nas novas gerações?

Considerando a diversidade de eventos e locais em que você se apresentou, como essas experiências moldaram o seu estilo musical? Há alguma influência específica, além do seu pai, que você destaca em sua trajetória artística?


 Cantei muito em bailes na época de meu pai e sempre tive gosto eclético. Hoje em dia eu canto desde repertório do tipo baile de Carnaval até show sertanejo, e faço apresentações onde o pessoal quer uma música mais ambiente, mais MPB. O artista tem que ser multifacetado, mas a experiência de vida e as histórias que ouvi me ajudaram a saber muito de histórias sertanejas. Sou curiosa e jornalista, né? Estou sempre procurando saber mais.

A música sertaneja é uma das mais ouvidas no país. Na sua perspectiva, qual a razão pela qual existem tão poucos programas dedicados ao gênero na TV brasileira?

Ah, sinceramente, me faço essa pergunta todos os dias. Não sei dizer, pois o retorno que temos do público que ama o programa e o espera com ansiedade semanalmente é imenso.

Você percebe uma grande disparidade entre a música raiz e o sertanejo contemporâneo?


 Sim, principalmente nas músicas apelativas. Nas românticas atuais eu vejo uma grande semelhança com o bolero, o tchá-tchá-tchá, só mudaram o nome para sofrência.

Você tem algum projeto futuro que gostaria de compartilhar conosco? Algum novo álbum, colaboração ou iniciativa que esteja planejando?

Além dos shows por todo o Brasil, estou dedicada também às viagens que faço com o pessoal que curte meu trabalho, o “Viaje com Mariangela Zan”. A primeira será em Poços de Caldas, agora em março de 2024. Vamos?

Foto: Juan Ribeiro

 [E1]Minha marcação

Tags: #apresentadora | #cantorasertaneja | #entrevista | #entrevistaexclusiva | #mariangelazan | #musicachalana | #sucessosertanejo | #tvaparecida | TVaparecida
COMPARTILHE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *