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Planejamento focado na realidade de cada artista é ponto inicial para conseguir resultados
Dhiego Bicudo é um renomado especialista musical que tem desempenhado um papel fundamental na jornada de vários cantores, duplas e bandas em direção ao estrelato.
Com mais de duas décadas de experiência, Dhiego, que tem em seu portfólio projetos com nomes como Fernando e Sorocaba, Luan Santana, Conrado e Aleksandro, Bruninho e Davi, Jads e Jadson, Léo e Raphael, Belluco, Althaír e Alexandre, Paula Fernandes, Paula Mattos, Ludmilla, entre tantos outros, compartilha sua jornada desde o início, destacando a importância de estratégias digitais e como os artistas podem prosperar, independentemente de seus recursos financeiros.
O profissional revela os segredos para se destacar em um mercado altamente competitivo e oferece insights valiosos sobre como fazer do básico o alicerce para uma carreira extraordinária.
Confira nosso bate-papo e entenda muito mais sobre os bastidores do mundo da música.
1- Como você entrou na área de agência de marketing musical?
Me chamo Dhiego Bicudo, tenho 40 anos! Em 2001, iniciei uma empresa que tinha como propósito levar soluções para internet ao criar e desenvolver sites para empresas, Internet Company, a ICOMP. Nos primeiros anos, as oportunidades vieram de jogadores de futebol e no site do time da cidade (Londrina Esporte Clube). Mas, foi em 2006 com a dupla Fernando e Sorocaba que iniciamos a nossa e a história deles! Logo em seguida, o Luan Santana e foi assim que entramos no mercado com os lançamentos de “Bala de Prata” e a música “Meteoro”! Que começo de tirar o fôlego, não? Foram mais de 5 anos com Fernando e Sorocaba até nascer a FS, e mais de 10 anos com o Luan Santana até a ‘Morena’ me deixar, rs.
2- É uma área de muita concorrência. Você tem algum diferencial para ser uma opção às outras?
Fui pioneiro nela! Muito aconteceu conosco! Como na época era professor universitário, consegui me manter atualizado, preparar alunos que poderiam ser bons profissionais e ainda começar a me posicionar para atuar em um nicho de mercado. Nos dias de hoje, tudo isso é mais abrangente e disseminado pelo Brasil! Considero que a análise e percepção da presença digital dos cantores, duplas e bandas que tenho o mais significativo diferencial! Existe uma trilha em meu atendimento e os resultados vêm do planejamento! Não é um lugar para ficar fazendo só banner, arte e design! É uma agência que pensa e organiza uma estratégia! E o melhor, com orçamentos na realidade de cada artista.
3- O que você acha do mercado de música sertaneja? Como sobressair com tantos grupos e cantores novos a cada dia?
Tenho muita gratidão ao mercado da música sertaneja! Ele consegue lançar o que as pessoas estão sentindo! É muito vibrante, atuante e não perde tempo analisando os outros gêneros. Agora, para os que estão chegando, recomendo profissionalismo, organização e música! As mídias sociais e as plataformas digitais são as vitrines diárias de cada um! É preciso cantar, gravar e publicar! Nos dias de hoje, estudar e fazer! Ser alguém em algum lugar primeiramente! Levar verdade ao cantar e não se preocupar com a vaidade!
4- Dizem que o investimento para lançar um cantor é enorme. Tem alguma fórmula para os que têm pouco dinheiro para investir?
Depende! Se você quer uma estratégia para aparecer, vai investir muito. Mas, será que é essa a trilha do sucesso? Eu gosto de lidar com projetos enxutos, aqueles com orçamentos pequenos de R$ 500, R$ 1.000, R$ 2.000 e algo mais, pois consigo orientar e entregar os primeiros resultados ao lado deles. Assim, eles vão entender o processo e o tempo que isso leva! A fórmula é continuar somando! Mais música, mais ensaios, mais repertório, mais conteúdos e mais coragem!
5- Quanto tempo leva para que uma dupla ou cantor possa chegar a um momento de estabilidade para viver da música?
É uma pergunta complexa, pois existem etapas que vamos precisar investir novamente para se manter! Precisamos continuar para seguir em frente! Não será na primeira música! Mas, os primeiros sinais de que é um projeto promissor aparecem ainda no primeiro ano, quando o projeto possui artistas que são disciplinados com as tarefas e responsabilidades. Se tiver verdade na música vai prosperar, se é apenas vaidade, vai perecer ainda no começo.
6- Já teve algum cantor ou cantora que te procurou e de cara você percebeu que seria sucesso?
Eu tive um começo promissor como agência de marketing musical! Os primeiros dois artistas se tornaram sucesso! Mas, gosto das experiências que vivi com Bruninho e Davi e a dupla Léo e Raphael! Em ambos os casos, tinham algo diferente em se apresentar, se comunicar e cantar!
7- O que é básico para começar uma carreira de sucesso?
De verdade? O artista não faz e não quer fazer o básico! Ele tem preguiça e procrastina isso! Parece que gosta de resenhas e conversas sonhadoras de como ser famoso! Vou ser prático! Em cada música, precisamos pensar no figurino, nas fotos e no conceito visual! Muitos insistem nas fotos que fizeram no estúdio aquela vez! E neste sentido, o Luan nos ajudou muito! A cada novo projeto, uma identidade, um figurino, um cabelo e uma direção! Não é atoa que é uma das referências do mercado neste sentido! Ele provoca! Ele faz diferente e vai deixando seu legado! Mas, em cada novo projeto, tudo começa do básico!
8- O que faz um cantor ganhar dinheiro são os shows. Mas montar um show solo é muito caro. Como tentar resolver esse problema para quem está começando?
Sim! O palco é a principal fonte de receita dos artistas! Lembra que falei em ser alguma coisa em algum lugar? Não adianta comparar com o Luan! Ninguém quer ser o Luan do começo, mas esse de agora, não é? Ninguém quer ser o Fernando e Sorocaba do começo, mas esse de agora! É esse o erro! É preciso fazer o básico com recursos enxutos! Se não tem um cenário com painel de led e luzes, pense simples com tecidos pretos, elementos visuais pendurados e o palco visualmente organizado! É preciso fazer limonada com os limões que nós temos!
9- Antigamente, o marketing musical era a visita às rádios, e algumas vezes era preciso ter alguma grana pra pagar pra rádio tocar a música. Hoje como funciona com redes sociais? As rádios ficaram mais fracas na audiência?
O marketing musical é muito mais abrangente! Ir em rádios fazia parte do plano de ações, mas nunca o único objetivo em estratégias! Existiam muitos acordos comerciais, sim! O famoso jabá! Existiam parcerias promocionais e ações para trazer audiência para as rádios, as cidades e aos artistas. Por muitos anos, movimentou grandes eventos pelo Brasil. Não gosto de comparar rádios com as mídias sociais, pois ambas fizeram e fazem parte da nossa comunicação. Parece que temos que decretar um vencedor e um perdedor! E não é isso! O que recomendo nos tempos como um experiente profissional de marketing musical é que comece no digital e ao perceber a aceitação do projeto por lá avance em conversas com as rádios da região e potencialize a percepção da audiência em seu projeto.
10- Qual sua dica para que algum cantor ou cantora se anime a entrar em contato contigo imediatamente?
Não tenho fórmulas e não escondo segredos! Mas, com muito respeito aos demais profissionais do meio, passar pela análise e consultoria do Dhiego Bicudo é do básico ao avançado em um único profissional! É a capacidade de preparar estratégias enxutas e agressivas!
Dhiego Bicudo no trabalho
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