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Entrevista Exclusiva: Honrando um legado que ultrapassa gerações, Moysés Rico começa ‘Uma Nova Estrada da Vida’

Foto: Divulgação / PF2producoes

Filho do saudoso Zé Rico, cantor lança hoje (14) a canção “Aroma de Problema” em todas as rádios e plataformas digitais

O cantor Moysés Rico, filho do saudoso cantor Zé Rico, acaba de lançar uma música inédita, ‘AROMA DE PROBLEMA’, de autoria de Waléria Leão, Jonathan Félix, Ray Ferrari, Alê Monteiro e Jeff Sanfona.

A música faz parte do álbum ‘Uma Nova Estrada da Vida’, e conta a história de um sujeito que vivia à procura de aventuras amorosas. Um dia encontrou alguém, que pensava ser mais uma conquista, mas se apaixonou por ela e agora ele é que virou caça, pois faz tudo que ela quer e está preso aos seus caprichos.

“Um dia é do caçador, outro do caça. Quem um dia foi vagabundo já nem se lembra mais” – disse sorrindo o cantor.

A música está sendo lançada em todas as Plataformas Digitais e também nas rádios de todo o Brasil. Com estilo semelhante ao do pai famoso, Moysés Rico diz que a ideia é dar sequência ao seu legado, porém com identidade própria, e afirma: “Meu estilo é diferente do sertanejo atual, mas o que importa é que cada cantor, com seu estilo, seja qual for, está contribuindo para propagar cada vez mais a música sertaneja”

O Portal Festanejo bateu um papo com Moysés e descobriu detalhes de sua vida pessoal, profissional e uma história curiosa com seu saudoso pai.

Confira:

Quando você percebeu que o Sertanejo era o seu verdadeiro caminho dentro da música? A trajetória do seu pai, Zé Rico, teve alguma influência?

Desde cedo, como eu já vivia no meio artístico, no meio da música sertaneja, já me descobri no sertanejo desde criança, e é claro que a convivência com meu pai quando criança, e depois com meu padrasto, o Cristiano, teve uma grande influência, porque eu respirava a música sertaneja 24 horas por dia, como hoje. Então, teve relevância e influência sim, esse exemplo do meu pai em casa.

Você começou a tocar em locais pequenos, como bares e festas. Essas primeiras experiências foram decisivas para você seguir sua carreira na música sertaneja?

Com certeza, tocar nos bares, em eventos particulares, corporativos e festas, teve muita influência e foi decisivo pra mim, porque é a faculdade do músico. Todo artista hoje em dia que está hoje colhendo sucesso, os frutos do trabalho começaram com os bares, botecos, festas, comícios, então isso foi determinante sim para a gente chegar onde a gente chegou e ir aperfeiçoando a arte de cantar e de tocar.

O legado de sucessos do nosso inesquecível “Garganta de Ouro” ao lado de Milionário atravessa gerações. Como é pra você ver o público cantando as músicas do começo ao fim?

Quando eu faço os meus shows, que eu canto o repertório que tem a relevância de Milionário e José Rico, que são só sucessos, é muito gratificante, é bonito, é gostoso demais ver o pessoal cantando junto as músicas. Mesmo não sendo as minhas músicas, né! Mas é um legado.  Acho que é uma missão que tenho pro resto da vida, de cantar as músicas de Milionário e José Rico e levar alegria pro povo, matar a saudade um pouco. O público poder ter aquele gostinho de lembrar alguma coisinha do José Rico ainda, que é o filho dele cantando as modas de sucesso que tá na boca do povo. Então é isso, eu acho que a minha missão na música sertaneja é essa.

Sua trajetória é marcada por muita persistência e trabalho duro. Quais foram os maiores desafios que você enfrentou e como os superou?

Então, dificuldade sempre teve, né? A minha vida é marcada por isso. Persistir muito na música é um sonho que eu tenho, e que eu tô realizando hoje. Então, a maior dificuldade era a gente se manter com a música, a gente viver da música, né? Pagar conta, tudo assim. Era difícil a gente se manter. Eu tive que ter um trabalho paralelo porque só música não dava pra mim, pra manter minha família. E a gente foi superando aos poucos isso, foi pegando mais experiência, até chegar nos dias de hoje. Hoje a gente tem uma estrutura boa, juntamente com meu empresário, o Aldo, meu parceiro, que deu todo um suporte pra gente. Então, agora a gente está colhendo os frutos. A gente tá plantando ainda, mas já tá começando a colher alguns frutos dessa caminhada.

Como você equilibra a vida pessoal com a carreira musical, especialmente considerando a herança musical de sua família?

Então, para conciliar, não é difícil perceber, não é fácil, porque durante a semana, que a gente sai para fora de casa, a gente é uma figura pública, então as pessoas nos reconhecem e temos tem que ter uma conduta toda correta aos olhos do público, dos fãs. Dentro de casa é o pai, o marido, o amigo, que são as mesmas pessoas, é uma só pessoa, eu não tenho esse problema de ser duas pessoas, eu sou a mesma pessoa, tanto dentro de casa como nos palcos também.

A recente participação no show do Ribeirão Rodeo Music ao lado de Zé Neto & Cristiano foi um momento emocionante. Como foi a experiência de cantar os sucessos do seu pai com eles no palco?

Cara, foi uma experiência maravilhosa! Eu sou muito fã do Zé Neto e Cristiano, e cantar para o público deles, com mais de 40 mil pessoas que tinham lá no Ribeirão Music, foi incrível. E ele sempre faz essa homenagem ao meu pai, que é muito legal isso, né? Ele sempre reverencia o ídolo, então é muito legal. Ele me convidou para fazer essa participação e foi muito legal de cantar as músicas. Foi maravilhoso, um momento que vai ficar pra sempre na minha memória.

Zé Neto fez uma homenagem especial ao seu pai, usando os icônicos óculos e imitando seu modo de falar. Como você se sentiu vendo a reação do público?

Essa homenagem, ele faz em quase todos os shows, e é muito legal. Aqueles óculos que o Zé usa, fui eu que dei pra ele, em outra ocasião que a gente esteve junto por aí. É um óculos assinado, é uma réplica do óculos do meu pai, que eu uso. E assim, tem a assinatura minha lá, é bem legal, a gente fez para alguns amigos da gente, e esse, em especial, fui eu que dei pra ele, e é muito legal ver a reação do público, de todo mundo cantar junto. Um põe a mão no ouvido para cantar, quem tá de óculos põe óculos também e imita meu pai, é muito legal, é emocionante de ver, tanto ver a reação do público como a reação do próprio Zé Neto, que é muito fã do meu pai.

Como é a sensação de ver essa conexão tão forte com o legado do seu pai com a Turnê Uma Nova Estrada da Vida?

Essa conexão entre a minha turnê, que é uma Nova Estrada da Vida, é porque eu estou traçando agora a minha estrada, a minha trajetória na música sertaneja, mas começando com essa homenagem ao meu pai e a todos os sucessos dele com o Milionário. Então, a gente celebra essa obra tão bonita de mais de 40 anos juntos. E eu consigo trazer isso para os meus shows, fazendo o pessoal cantar junto comigo as músicas, relembrando os grandes sucessos e matando a saudade um pouco da dupla que faz falta, muita falta.

Você tem alguma história emocionante dos bastidores que gostaria de compartilhar com a gente?

Eu tenho várias, rs! Mas tem uma história de que eu fui contratado para tocar numa festa de peão, um baile, na Festa de Peão de Congonhal. Eu cheguei na festa sem saber quem seria a atração principal do show. A gente ia tocar no baile após o show, né? Nos bailes de rodeio, eu tinha uma banda de rodeio. E quando eu fui ver a atração principal, quem era? Milionário e José Rico. E a gente se encontrou no camarim, conversou, bateu papo, foi muito gostoso, tiramos fotos. E logo após a apresentação de Milionário e José Rico, a gente começou o show no bailão, e o meu pai foi me ver cantar. Foi escondido, foi disfarçado com uma jaqueta, um chapéu grande, assim, pra ninguém reconhecer que era ele. E ele foi no meio do pessoal do baile, que estava lotado na cidade de Congonhal. E pra mim foi muito legal isso, foi no ano de 2005 ou 2004. E depois ele me contou, que ele me viu cantando no baile. É uma das histórias que eu tenho com meu pai.

Qual a expectativa em relação ao lançamento de “Aroma de Problema”?

A expectativa é a melhor possível, e “Aroma de Problema” já está tocando bastante nas rádios, nas plataformas digitais, e o pessoal tem gostado muito da música. É um lançamento que mostra a minha cara. Também vão vir outros lançamentos que a gente gravou, outras músicas que a gente gravou, que retratam bem o modão, aquela coisa que o pessoal quer ver e cantar, como as músicas de Milionário de Zé Rico. Então é isso, “Aroma de Problema” é a nossa música de trabalho que mostra um pouco do que é o meu trabalho.

Além desse lançamento, quais são seus planos futuros na música sertaneja? Podemos esperar parcerias com outros artistas?

Com certeza, a gente pensa muito em fazer os feats, fazer as parcerias com os artistas consagrados já, com os meus ídolos, que eu tenho vários. Então tem coisa muito legal para acontecer, a gente está em projeto, não posso dar spoiler ainda, mas os amantes de música sertaneja certamente vão ficar bem satisfeitos com o resultado desse projeto que a gente vai fazer. Vamos lançar um DVD mais para o fim do ano, e tem algumas participações dos meus ídolos, pessoas que eu considero, tanto da nova geração como também da geração de ouro da música sertaneja.

Qual é a mensagem que você gostaria de deixar para os fãs que acompanham seu trabalho?

Quero agradecer o pessoal que já me acompanha. E pedir pro pessoal que ainda não me acompanha para começar a me seguir (@moysesrico), conhecer um pouco da minha história.  Esse meu trabalho aqui é o primeiro trabalho que o pessoal está me conhecendo como artista.  Agradeço aos fãs que já me seguem, e o pessoal pode esperar que vai ter muita moda boa pra cantar, e espero estar sempre à altura do legado que me foi deixado pelo meu pai. E sempre, sempre cantando os modão, nunca deixarei de cantar modão, que eu acho que era isso que meu pai queria, ver os cantores da minha geração cantar música boa, de qualidade e com conteúdo. E é isso que eu vou apresentar a partir desse meu trabalho.

No álbum ‘UMA NOVA ESTRADA DA VIDA’ podemos encontrar ainda releituras como “Apaixonado” de José Rico e José Raimundo, “Solidão” de José Rico e Cristovan Rei, e as inéditas “Coração vida Louca”, de Fátima Leão, Jonathan Félix e Ray Ferrari, “Ex não é amigo” de Moysés Rico, Ray Ferrari, Will Bucci e Jonathan Félix e “Moio o Buteco”, de Felipe Bessa, Lucas Avona e William Santos.

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