Foto: Divulgação
Dupla une essência sertaneja e influência do rock em uma identidade própria, fortalece estrutura profissional com a Feeling Music e prepara grandes lançamentos para 2025
Matheus Henrique & Gabriel nunca enxergaram a música como um plano paralelo. Mesmo vindos de trajetórias distintas, um cirurgião-dentista e um piloto, o palco sempre falou mais alto.
A dupla encontrou sua identidade na fusão entre a força melódica do rock e a verdade emocional do sertanejo, criando um estilo próprio que ganhou expressão no movimento Retronejo.
O projeto, que começou como uma festa entre amigos, tomou proporções nacionais, conquistou diferentes gerações e reacendeu o valor da nostalgia dentro do gênero.
Agora, com nova fase de gestão, estrutura profissional fortalecida pela Feeling Music e um DVD que explora tecnologia sem perder essência, Matheus Henrique & Gabriel vivem um momento de maturidade artística e clareza de propósito.

Nesta entrevista, eles falam sobre autenticidade, reinvenção e os próximos passos da carreira.
Vocês vêm de profissões bem diferentes, um dentista e um piloto. Em que momento essas duas rotinas deixaram de ser paralelas e a música passou a ser o centro de tudo?
A música sempre foi tudo. Mesmo quando seguíamos caminhos diferentes, ela estava presente. Chegou um ponto em que ficou claro que o palco era o nosso verdadeiro lugar. Foi uma decisão consciente: transformar o que era paixão em profissão. Desde então, a música deixou de ser apenas um sonho e passou a ser o propósito da nossa vida.
O Gabriel veio do rock e o Matheus do sertanejo. Olhando pra trás, há algo que gostariam de revisitar ou reciclar no som atual?
Acredito que o rock deu ao Gabriel uma linha melódica/criatividade bem diferente e o sertanejo me trouxe a emoção e a verdade nas letras. Hoje, conseguimos unir isso de forma natural.
Sempre buscamos manter nossa autenticidade com uma sonoridade/produção moderna.
A Retronejo nasceu como uma festa entre amigos e hoje virou um movimento com milhares de pessoas. O que mais surpreendeu vocês nesse crescimento?
O poder da nostalgia!! As pessoas sentem falta das músicas que marcaram época, e a Retronejo desperta exatamente isso. O mais surpreendente é perceber que esse sentimento ultrapassa gerações. Ver a galera mais jovem cantando as modas antigas com a mesma intensidade de quem viveu aquilo é o que mais nos motiva.
O novo DVD “Ao Vivo na Retronejo” promete trazer tecnologia, inclusive inteligência artificial na composição. Como foi usar IA nesse processo criativo sem perder a essência sertaneja?
A IA entrou como ferramenta de apoio, ajudou com temas em alta, sou super a favor de usarmos essa ferramenta que amplia nossa visão, mas o sentimento vem da vivência, do coração, da verdade e histórias que carregamos.
A dupla sempre fala sobre “verdade e sentimento” nas músicas. Em um cenário em que muitos apostam em letras mais comerciais, como manter essa autenticidade sem se desconectar das tendências do mercado?
Acreditamos que autenticidade e mercado não precisam andar em direções opostas. Nosso papel é equilibrar emoção e estratégia, sem deixar que o comercial apague o propósito.
Durante a pandemia, vocês passaram por uma fase dura e de reinvenção pessoal. O que mais mudou na cabeça e no coração de vocês depois desse período?
A pandemia foi um divisor de águas. Ficamos longe dos palcos, mas mais próximos de nós mesmos. Entendemos o valor do tempo, das pessoas e do propósito. Aprendemos a ser ainda mais gratos pela vida e a enxergar a música não apenas como trabalho, mas como missão e uma forma de aliviar, curar.
A parceria com a Feeling Music marca uma nova estrutura profissional. O que essa gestão trouxe de mais concreto no dia a dia da dupla?
A Feeling trouxe uma estrutura sólida, profissionalismo e visão de longo prazo. Hoje temos um planejamento estratégico bem definido, metas claras e uma equipe que entende nosso propósito. Isso nos dá segurança pra crescer com consistência, não apenas com impulso.
Falando em referências, vocês citam Jorge & Mateus, Henrique & Juliano e até Rionegro & Solimões. Se pudessem escolher uma música de cada um pra regravar no estilo MHG, quais seriam?
De Jorge & Mateus, “Logo Eu” é a nossa música favorita.
De Henrique e Juliano, “Na hora da raiva ”, pela força emocional e interpretação.
E de Rionegro & Solimões, “Frio da Madrugada”, que inclusive regravamos na Retronejo.
Muita gente se identifica com o sertanejo dos anos 2000. Como equilibram esse resgate nostálgico com o som moderno que marca a identidade atual da dupla?
O segredo é respeitar o passado e conversar com o presente. A gente resgata melodias, letras e sentimentos que marcaram época, mas com um tempero atual. É um equilíbrio entre memória e inovação.
Nas redes sociais vocês têm mostrado bastidores da nova fase com a Feeling Music. Como está sendo esse processo de transição visual e sonora?
É um processo de reconstrução, tanto artística quanto visual. Estamos melhorando a identidade da dupla, ajustando desde o repertório até a linguagem de imagem. A ideia é que o público perceba uma evolução. Somos os mesmos de sempre, mas com mais maturidade, musicalidade e propósito.
O que o público pode esperar dos próximos passos da dupla em 2025? Ainda teremos um grande lançamento esse ano, acho que uma das músicas mais especiais da nossa carreira, se não a mais especial!! Composição nossa, e gravar



