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Joel Carlo tem o dom de unir sertanejo e bailão

ENTREVISTA EXCLUSIVA: Joel Carlo tem o dom de unir sertanejo e bailão com a promessa de experiências emocionantes

Foto: Reprodução Instagram

Dos bastidores locais à vanguarda nacional, cantor apresenta uma sinfonia que viralizou pelo Brasil

Em uma conversa reveladora para o Portal Festanejo, Joel Carlo, figura emblemática com mais de 15 anos de carreira, desvendou os bastidores de sua jornada musical, desde os primeiros acordes nas bandas locais até a consagração no sertanejo.

A sua transição para carreira solo em 2016 marcou o início de uma trajetória singular, culminando no recente sucesso do projeto “Bailão Sertanejo”, onde a faixa “Viralizou” conquistou o posto de mais tocada do bailão por três meses consecutivos.

A magia desse projeto reside na fusão cuidadosa entre o sertanejo e o vibrante ritmo do bailão, uma combinação que Joel Carlo aprimorou com maestria. Com um olhar voltado para o futuro, o artista compartilha seus planos de lançar mais músicas no projeto “Bailão Sertanejo” e, quem sabe, gravar um DVD para eternizar essa jornada musical única.

Além de conquistar os corações dos fãs, Joel Carlo ambiciona levar a energia contagiante do bailão para além das fronteiras do Sul do Brasil, acreditando no potencial nacional desse estilo cativante.

Leia a entrevista onde o sertanejo se encontra com o bailão com a promessa de experiências emocionantes.

1 – Como foi o seu início de carreira no mundo da música?  Qual foi a influência das bandas de baile em sua trajetória?

Meu início no meio da música foi através do meu pai, que sempre me influenciou muito, principalmente, quando era mais jovem. Desde cedo, eu ouvia ele cantar. Eu comecei a ter mais contato com o Baião com quase 20 anos, depois de já ter morado em São Paulo. E o que me encantou no estilo é essa energia. Não direi nem que foram as bandas de baile que me influenciaram, mas, sim, o estilo, (que) é mais dançante, mais enérgico; isso é muito legal.

2 – Ao longo dos anos, você passou por várias bandas, incluindo Super Produção e Banda Champion. Como essas experiências contribuíram para sua evolução musical?

Bom, comecei em uma banda muito pequena, bem local, onde a gente conseguiu se destacar no mercado, na época, e conseguimos ganhar notoriedade. Comecei a evoluir, entender como funciona a música. Enfim, foi muito importante esse início: começar do zero. Eu comecei carregando caixa, montando equipamento, fazendo todo aquele trabalho que é de praxe para quem inicia. Sem muita superprodução, sem muita equipe. Apesar de a banda se chamar Superprodução, não tinha nada de superprodução (risos), era algo muito primário, mas foi muito importante.

3 – Com mais de 15 anos de carreira, como você descreve a evolução da sua música ao longo do tempo?

Eu sempre fui um cantor romântico, mas, com o tempo, eu fui me encontrando dentro da riqueza dos ritmos que a gente tem no Brasil, tentando me encaixar tanto dentro de alguns outros nichos quanto trazendo essência de outros estilos para dentro do meu, que é cantar música mais romântica, cantar música do amor que dá certo, de sofrência… Então, acho que tem um pouco de influência de todos os gêneros. Por exemplo, eu componho e as minhas composições têm muita influência das músicas dos anos 70, 80 e 90 que foram as músicas que eu comecei a ouvir lá no início. Isso acaba criando uma memória afetiva.

4- Em 2016, você iniciou sua carreira solo no sertanejo com o projeto “Balada, Zueira e Curtição”. O que te motivou a seguir esse caminho?

O que me motivou a seguir o caminho do solo foi exatamente isso: eu já tinha bebido da fonte do bailão, já tinha bebido da fonte de outros sons, e eu resolvi fazer o meu som dentro do sertanejo, que já é um estilo que eu iniciei quando fui para São Paulo. Eu cresci ouvindo sertanejo, e essa paixão ficou dentro de mim meio adormecida durante um período. Em 2016 eu resolvi encarar esse desafio, e, ali, tudo começou. Acho que a principal motivação foi a paixão pelo sertanejo, que acabou acarretando nessa minha busca, há 8 anos, de gravar um projeto totalmente sertanejo.

5 – Pode compartilhar conosco a experiência de apresentar esse projeto em programas de TV, como Eliana e Hora do Faro?

É uma experiência realmente única! Eu tive a oportunidade de, no mesmo ano, estar nos dois programas. 2021 foi um ano mágico para mim. Eu tive a décima música mais tocada do país, tive a oportunidade de estar nesses programas. E (isso) é um marco para um artista local, pois até então nenhum artista de estilo regional tinha se apresentado num programa de âmbito nacional. Foi um momento mágico também na minha carreira. Além de ter sido uma experiência incrível.

6 – Em 2022, lançou o projeto “Buteco a Luz de Velas”. Pode nos contar sobre a inspiração por trás desse projeto e a escolha de misturar músicas autorais com clássicos do sertanejo?

Tudo começou em 2018, quando gravei o primeiro, “Buteco Cachaça e Modão”. Não era muito comum no cenário nacional as pessoas regravarem músicas. Naquele ano, foi o álbum regional mais ouvido e mais assistido da época. Foi, eu acho, o primeiro DVD que me mostrou para o cenário regional. E o “Boteco a Luz de Velas” veio na mesma pegada, porque deu muito certo. A escolha do repertório foi basicamente seguindo a minha linha, o meu gosto de interpretação, de músicas e tal. Misturando o que a gente tem de melhor na nossa música sertaneja, tentando buscar uma releitura, que é difícil, mas acho que a gente conseguiu encontrar o meio termo e levar um pouquinho da nossa essência, tanto para as regravações quanto para as autorais.

7 – Como foi a receptividade do público em relação a esse novo capítulo em sua carreira?

Foi muito boa. Muitas pessoas já me conheciam no bailão porque eu iniciei nele, então eu não era uma novidade para o mercado e muitos fãs tinham essa nostalgia. Gravar esse projeto, o “Bailão Sertanejo”, foi como resgatar duas paixões minhas: o bailão e o sertanejo. Como eu estou fazendo 10 anos de carreira solo agora, em 2026, eu quis fazer um EP comemorativo para anteceder o DVD de 10 anos, e esse EP comemorativo se chama “Bailão Sertanejo”. Nele nós gravamos ‘Viralizou’ como primeira música de trabalho, e a recepção das pessoas foi gigante e muito positiva. A repercussão foi a melhor possível.

8 – Seu projeto mais recente, #BailãoSertanejo, conquistou destaque com a faixa ‘Viralizou”. Como foi a criação dessa música e a parceria com a banda Corpo e Alma?

É um pouco do que eu falei antes, a ideia de misturar os dois estilos, trazer a minha essência para dentro de um ritmo tão forte que é o bailão no sul do Brasil, mas principalmente misturar dois estilos que eu sou apaixonado e acho que a gente acertou muito, e criar, ‘viralizou’. Ela era uma música lenta, né? E aí a gente adaptou ela para bailão. Como eu sou um dos compositores dela, a gente adaptou facilmente e ficou muito legal e gostosa, porque ganhou muito destaque. 

9 – A faixa “Viralizou” se tornou a mais tocada do gênero bailão no Brasil, permanecendo no topo das paradas por três meses. Como foi pra você essa repercussão?

“Viralizou” foi uma doce e grata surpresa. O projeto bailão sertanejo tá sendo uma grata surpresa, porque, como era um EP comemorativo, eu não imaginei que as pessoas iriam dar tanta atenção para esse projeto. E o sul, como todo mundo sabe, é uma região do Brasil onde as pessoas são muito bailistas e valorizam muito o que é daqui. E o bailão é um estilo nosso, próprio daqui do sul. Eu vinha do sertanejo, apesar de ser um artista local. Então, de alguma forma, eu estava apreensivo, mas depois de estar três meses no topo das paradas, entendi que as pessoas se conectaram com essa música e com o projeto. Me sinto muito honrado e muito feliz, porque é um feito também bem difícil nos dias de hoje.

10 – Você mencionou a singularidade do ritmo “bailão” no Sul. Como pretende levar esse estilo a outros cantos do país?

Eu acho que o bailão está pronto. Ele já faz sucesso no Sul do Brasil há muitos anos, mas as pessoas das outras regiões não ouviram falar. Então, acho que por ser um ritmo nativo daqui e que leva uma energia muito diferenciada, eu acredito que tem um potencial muito grande para conquistar cada dia mais espaço dentro do cenário nacional. E, sem contar que bailão é um nome gostoso de falar, né? E tu sabe que bailão, curiosamente falando, é uma expressão popular; tu vê em músicas de funk, tu vê em músicas sertanejas, então assim, o bailão, além de ser muito próprio, tem também uma simpatia com o público de modo geral. Acho que o mais importante não é só querer levar, mas também é como levar. Como mostrar para as pessoas o quão grande é esse estilo e o quão importante ele é para o nosso estado, para nosso Brasil.

11 – O que podemos esperar do seu próximo lançamento no projeto #BailãoSertanejo e quais são seus planos futuros na carreira?

Bom, o EP “Bailão sertanejo” tem 10 músicas. A gente lançou recentemente a segunda faixa que é o medley de regravações, “Direto ao Assunto” e “Paixão Bandida”, que inclusive está andando muito bem; em 10 dias de lançamento, passou a marca de 300 mil views lá no YouTube. Meus planos para o futuro incluem lançar esse EP e mostrar para as pessoas, cada vez mais, um pouco desse estilo. Quem sabe, lá na frente gravar um DVD, porque eu gostei muito dessa mistura, deu um som muito gostoso e único.

Confira o videoclipe:

12 – Sua facilidade em misturar o bailão com outros gêneros é notável. Como você adquiriu essa habilidade?

Então, eu acho que não são só habilidades, mas gosto… Eu amo os dois ritmos. Eu amo o sertanejo; eu amo o bailão, e eu pensei: por que eu não misturar? Eu acho que tem tudo a ver. E foi muito legal, porque o sertanejo é muito atual e o bailão é um estilo mais retrô, mais antigo. Misturar esses dois foi um desafio prazeroso, porque eu tenho certeza que tudo que tu faz com paixão, com dedicação, com amor, a possibilidade de dar certo é muito grande. E é isso que a gente espera desse projeto, que ele dê muito certo, Nós acreditamos demais, e tenho certeza que vocês vão curtir ainda mais.

13 – O que você espera transmitir aos seus fãs e ao público em geral com esse novo projeto?

Quero transmitir para as pessoas o meu melhor. O meu talento, a minha dedicação e o melhor dos dois estilos (bailão e sertanejo). Curtam muito, tenho certeza que vocês vão se apaixonar assim como eu sou apaixonado por esse ritmo e por esse projeto.

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