A música caipira foi um dos primeiros gêneros da música popular brasileira a surgir. Ao som da viola de compositores rurais e urbanos, ela começou a se desenvolver mais precisamente no início do século XX.
Desde então, esse estilo tem estado presente na memória dos brasileiros como parte de uma tradição do nosso país, que inclusive vem sendo repassada através das gerações.
Com a chegada dos avanços tecnológicos, vemos que a música caipira passou a ter diversas variações sonoras e o uso dos mais variados instrumentos musicais. Com isso, os artistas trouxeram ritmos novos, como a exemplo do sertanejo de raiz, o universitário e o romântico.
Por isso, se quiser conhecer um pouco mais da história em torno desse gênero musical e como se deram suas fases de transição, continue a leitura desse artigo.
A história da música caipira
A música caipira teve sua origem através do uso da viola, instrumento de cordas trazido pelos colonizadores na América Portuguesa. Ainda no período da colonização, os jesuítas a utilizavam na catequização dos indígenas e também em celebrações religiosas, como procissões, festa do padroeiro, rezas do rosário, entre outras.
A música caipira teve sua origem através do uso da viola, instrumento de cordas trazido pelos colonizadores na América Portuguesa. Ainda no período da colonização, os jesuítas a utilizavam na catequização dos indígenas e também em celebrações religiosas, como procissões, festa do padroeiro, rezas do rosário, entre outras.
Desde então, as modas de viola começaram a se tornar uma parte da tradição para o Brasil, onde pessoas se reuniam em roda para contar causos, comer e beber; enquanto alguém dedilhava o instrumento.
Entretanto, há cerca de 90 anos atrás, houve a primeira gravação oficial do gênero, realizada por Cornélio Pires.
Na época, a música caipira ainda não era tão conhecida e apreciada pela população. Pois, era muito comum que as pessoas associassem a imagem do homem caipira com a de um homem ignorante e incapaz.
Apesar disso, em 1929 esse cenário começou a mudar quando o jornalista e escritor resolveu trazer uma série de discos, com sonoridades de representação típica rural já existentes, como modas de viola, cateretês, cururus. As letras de suas músicas costumavam falar sobre o homem rural e o seu cotidiano no campo.
Com isso, Cornélio passou a ser considerado o primeiro ícone da música caipira. No mesmo ano também foi gravado o tema “Jorginho do Sertão”, registrado pela dupla Mariano & Caçula.
A partir disso, o estilo musical continuou crescendo e passou a ganhar mais espaço, principalmente com o advento da rádio. O som caipira começou a expandir do ambiente rural para os centros urbanos, com destaque para o rio de Janeiro (que na época ainda era a capital do Brasil).
As novas influências transformam a música caipira
No auge dos anos 80, foram se acrescentando os sintetizadores, ritmos de bateria e uma mistura com as melodias pop. Esse estilo é também denominado de sertanejo romântico, e dentre seus artistas mais conhecidos, podemos citar:
Leandro & Leonardo, Chitãozinho & Xororó, Zezé di Camargo & Luciano, João Paulo & Daniel e muitos outros. Uma curiosidade por trás disso, é que a música sertaneja nessa época, foi muito usada em trilhas sonoras de novelas e também no horário nobre da televisão.
O Sertanejo Universitário
O sertanejo universitário seria o sertanejo romântico adaptado ao século XXI e praticamente um herdeiro direto da música caipira. Após a indústria musical perceber a evolução da música caipira, ela lançou um movimento muito parecido, mas trazendo algumas adaptações.
Essa novidade teve um sucesso tão grande que continua ganhando adeptos dia após dia. Entre duplas que fizeram parte desse primeiro momento do movimento do sertanejo universitário estão:
Guilherme & Santiago, Bruno & Marrone, Edson & Hudson, Victor & Leo, Fernando & Sorocaba, entre outros.
Num segundo momento chegaram novas duplas, como: Jorge & Matheus, Thaeme & Thiago e Maiara & Maraisa, por exemplo.
Depois vimos ainda a chegada dos artistas solos, como Gusttavo Lima, Michel Teló, Luan Santana e Marilia Mendonça.
Os cantores dessa adaptação musical tendem a ser jovens (por isso leva o nome de “universitário”).
Por sua vez, o sertanejo universitário traz algo novo: ele dispensa as duplas e pode ser cantada por uma pessoa só.
Agora vemos sons das batidas e uma aproximação estética do country americano, trazendo temáticas tanto românticas quanto urbanas. Além disso, podemos destacar também o surgimento das duplas e das bandas femininas.
Uma outra característica fundamental, é que o sertanejo universitário tem como propósito exclusivo o de fazer as pessoas dançarem. Algo que a música caipira trazia muito em sua essência: dançar e escutar a letra (que trazia muita história).
Sendo assim, para diferenciar a música caipira do sertanejo universitário, é comum que se utilize o termo “música sertaneja de raiz” para designar tal gênero, que foi praticado até o final do século XX.