Relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos foi apresentado em Brasília (DF) nesta segunda-feira (15), e descarta falha humana ou mecânica
Após um ano e meio investigando as causas da queda do avião que transportava a cantora Marília Mendonça, juntamente com o piloto Geraldo Medeiros, o copiloto Tarciso Viana, o produtor Henrique Ribeiro e o tio e assessor da artista, Abicieli Silveira Dias Filho, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgou nesta segunda-feira (15), em Brasília (DF), o relatório sobre o caso.
De acordo com o laudo, não houve falha mecânica da aeronave e nem do piloto, porém, a manobra feita pelo piloto para o pouso no aeroporto mineiro, que agiu de acordo com as normas estabelecidas, acabou atingindo um cabo para-raios de uma linha de transmissão de energia da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), o que contribuiu para o acidente.
Segundo o Cenipa, a aproximação da aeronave para pouso “foi iniciada a uma distância significativamente maior do que aquela esperada” e “com uma separação em relação ao solo muito reduzida”, ou seja, o avião estava voando mais baixo do que deveria.
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O relatório também divulgou que o cabo para-raios com que o avião se chocou inicialmente não precisava de sinalização, porque estava fora da área considerada zona de proteção do aeroporto e das superfícies de aproximação ou decolagem, e tinha só 38,5 metros de altura, assim sendo, “não representava um efeito adverso à segurança”.
Representando a família da cantora, o advogado Robson Cunha esteve na sede do Cenipa para acompanhar a divulgação do laudo, e falou o que pensa Dona Ruth, mãe da artista, sobre a investigação da morte da filha.
“A intenção da dona Ruth e dos familiares não é apontar culpados. A gente não está aqui na caça às bruxas. A posição dela sempre foi clara, nada disso daqui vai trazer a filha dela de volta. O objetivo de todos, na verdade, é que situações que aconteceram com a filha dela sejam evitadas, para que nenhuma família mais passe pela dor e pela perda que eles passaram”.