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ENTREVISTA EXCLUSIVA: Com leveza e bom humor, Nat Guareschi mistura vários gêneros musicais em suas composições

Nat Guareschi mistura vários gêneros musicais em suas composições

Foto: Divulgação

Artista contou com a participação do Fralda, baixista e ex-integrante do Ratos do Porão, vestido de borboleta no divertido videoclipe de “O Amor É Ridículo”

A cantora Nat Guareschi, uma artista independente que está conquistando o cenário musical com sua autenticidade e talento, é conhecida por explorar diferentes estilos musicais em sua carreira.

Sua mais recente composição, ‘O Amor É Ridículo’, em parceria com William Santos, Gabriel Rocha e Luigi, tem cativado o público com sua abordagem divertida e leve sobre o amor.

Nat conversou com a equipe do Festanejo e compartilhou detalhes da sua experiência de compor a música, a transição para uma pegada mais sertaneja e a ideia por trás do clipe repleto de referências engraçadas da internet.

Além disso, ela falou sobre a importância da autenticidade na música, seu equilíbrio entre a carreira de cantora e atriz, e seus planos futuros na carreira.

Em nosso bate-papo, descobrimos um pouco mais sobre sua paixão pela música e pela arte.

Vale a pena conferir!

Como foi a experiência de compor “O Amor É Ridículo” em parceria com William Santos, Gabriel Rocha e Luigi?

O trabalho de composição conjunto é sempre um desafio e um presente ao mesmo tempo. Pra compor com outras cabeças, a gente precisa sempre abraçar novas ideias e explorar espaços que jamais exploraríamos se estivéssemos compondo sozinhos. Eu sempre admirei muito a linha de composições do William, do Rocha e do Luigi, e o processo de composição do “OAER” fluiu superbem!

O que vocês buscaram transmitir com essa música?

Quando cheguei na WSTF para compor com os meninos, comentei que estava com uma frase na cabeça “O amor é ridículo até você se apaixonar”, e eles curtiram a ideia. Partimos desse ponto, pra falar do amor e de todo universo ridículo que engloba o amor em todas as suas fases e formas. O amor é um tema muito presente em várias músicas mas nessa em específico quisemos passar o lado mais leve e engraçado do amor.

Você mencionou que o sertanejo é uma verdade em você. Como foi a transição de explorar o pop em sua obra autoral para abraçar uma pegada mais sertaneja em “O Amor É Ridículo”?

Como sou artista independente, me permito experimentar várias “loucuras” que talvez não pudesse experimentar se não fosse independente. Como pra mim a música não cabe dentro de caixinhas separadas, uma das coisas que mais curto fazer no meu som é misturar estilos e explorar vertentes.

Lancei essa ideia pro William de fazermos um Popnejo e ele abraçou! Como ouvinte, eu encontro muito Pop no Sertanejo, então achamos que trazer essa minha verdade do sertanejo pra dentro do meu pop casaria bem!

O clipe de “O Amor É Ridículo” apresenta referências engraçadas de memes e GIFs virais da internet. Como surgiu a ideia de incorporar essas referências no vídeo e como você escolheu os personagens e ícones da cultura pop que aparecem no clipe?

Tem uma senhora chamada Rosalina, que posta uns vídeos engraçados no TikTok no estilo idosos confusos. Eu comecei a me inspirar nela e postar esses vídeos nas minhas redes. Isso começou a arrancar gargalhadas da galera que me acompanha. Um dia meu diretor musical e guitarrista Guilherme Holanda disse que o sonho dele era ver um clipe inteiro com o estilo dessas postagens. Me deu um clique na hora! Eu já tinha composto OAER e fazia total link com esse mundo de possibilidades ridículas.

Comecei então a roteirizar o clipe com várias cenas bregas que me vinham a cabeça como uma boa fã de Augustinho Carrara. Tive uma equipe maravilhosa ao meu lado me ajudando em toda criação do roteiro e execução de tudo. O diretor Léo Xavier, os meus braços direitos em tudo, Victor Guilherme e Wesley Fernandez, Glenda e Viny na produção, Edu Seeman no styling, Nati Sexto na beauty e um grande elenco me permitiram transformar esse roteiro do papel para o vídeo. E o clipe foi absurdamente divertido de gravar!

Assista ao clipe de “O Amor É Ridículo” e se divirta:

Você comentou da parceria com grandes nomes do sertanejo, como Michel Teló, Chitãozinho e Xororó, Paula Fernandes e outros, e que o resultado foi incrível. O que significa este apoio para sua carreira?

Os meus parceiros de composição nessa música já tiveram composições gravadas por grandes nomes da música como Marília Mendonça, Chitãozinho e Xororó, Michel Teló, entre outros. As pessoas costumam dar mais créditos e visibilidade aos cantores que estão à frente interpretando as canções, mas as canções nascem mesmo das mãos e das mentes dos compositores, quase sempre ali dentro do estúdio, em horas de dedicação e trabalho. É muito importante ressaltar a importância desse trabalho e a grandiosidade dos compositores do nosso país! E pra mim, compor junto com esses caras é um privilégio enorme! Aprendo muito!

O Fralda, ex-integrante do Ratos do Porão, participou do clipe interpretando as “borboletas na barriga”. Como surgiu a ideia de convidá-lo para participar do projeto e como foi trabalhar com ele no set?

Quando eu me lembro de que coloquei um baixista do Ratos do Porão vestido de borboleta no meu clipe, eu ainda não consigo acreditar. Esse link com o Fralda foi meu manager Victor Guilherme que fez. Quando falei que precisava de uma borboleta diferente para o clipe, ele pensou no Fralda e eu na hora comecei a imaginar como seria incrível se ele topasse, mas jurava que ele não ia topar. Eu já tinha tido o privilégio de conhecer o Fralda na Canil Records mas nunca tinha tido oportunidade de conviver mais com ele. Para minha surpresa ele topou o convite e gravou com a gente. Divertiu o set inteiro, embarcou na personagem e elevou o nível das borboletas em clipes da história do Brasil e do mundo! Rs. E só um detalhe: ele fez guerra de braço com o elenco inteiro! Foi muito engraçado!

Você mencionou a importância da verdade na música e de romper as barreiras impostas pela indústria. Como você busca se manter autêntica em sua carreira e como lida com os desafios de se destacar no cenário musical?

Uma vez, quando eu estava vivendo um momento difícil da minha vida, me lembro de subir em uma escada rolante olhando pra cima com o olhar meio perdido e me perguntando o que eu devia fazer. Do outro lado da escada rolante, na escada que descia, um senhor me olhou e disse: “A verdade não merece castigo”. Eu senti naquele dia que ele era uma espécie de mensageiro e que eu tinha que pegar aquele sinal pra mim. A partir daquele dia comecei a viver a minha verdade, mesmo com todas as dificuldades que viver uma verdade implica. Mas realmente ele tinha razão, a verdade não merece castigo. E é dessa forma que pretendo manter minha autenticidade na música e lidar com os desafios: sendo quem sou e fazendo o que acredito.

Além de cantora, você também é atriz. Como você equilibra essas duas paixões e como uma influencia a outra em seu trabalho artístico?

Acredito que o teatro e a música andam de mãos dadas. Um é muito importante para o outro. Minha formação em teatro me deu muita bagagem pra fazer música, pra tocar um instrumento, pra subir em um palco, pra fazer um clipe… na verdade o teatro é essencial na minha vida, e até acredito que se o teatro estivesse presente na grade escolar, as pessoas estariam muito melhor preparadas hoje em dia pra qualquer profissão. No teatro a gente aprende a lidar com nosso eu interior, a nos conhecer melhor e a respeitar nosso corpo e nosso tempo. E a música ensina lições muito parecidas! Mantenho os dois bem vivos dentro de mim e presentes no meu dia a dia.

Quais são seus planos para o futuro em relação à sua música e carreira? Podemos esperar mais canções com essa mistura de gêneros e elementos inusitados?

Podem esperar muitas músicas nessa nova leva de Popnejo, e podem esperar surpresas em outros gêneros também, porque enquanto eu puder, vou viver mergulhando em várias caixas e bagunçando todas elas e trazendo para o meu som uma mistura de tudo aquilo que sou.

Como tem sido a recepção do público em relação a “O Amor É Ridículo” e ao seu novo trabalho?

O feedback que tem chegado até mim tem sido muito positivo! O público curtiu essa vibe Popnejo e disseram que da até pra experimentar uns passinhos de dança. Alguns me disseram que ela tem carinha de música de novela. Quem sou eu pra discordar né? rs

Quais são as principais mensagens ou emoções que você espera transmitir por meio dessa música?

Espero que toque diferentes pessoas em diferentes lugares mas principalmente que passe leveza e bom humor.

Quais são suas principais influências musicais e como elas se refletem em sua música autoral?

Acredito que a minha música autoral está muito mais ligada às minhas influências sobre a vida do que influências musicais. Eu amo e admiro muitos artistas, como público. Ouço, consumo, vou a shows e aproveito ao máximo. Mas na hora de pegar o violão, papel e lápis, é a voz do coração e tudo que carrego na minha malinha de bagagem da vida que falam mais alto. Afinal, música é sobre pessoas, relações, vivências, sonhos e reflexões. Então me influencio muito por histórias soltas, por paisagens, por momentos e por cada pulso de vida em cada canto.

Existe algum artista ou gênero que você gostaria de explorar no futuro?

Vários! Queria muito conhecer a Ivete. Sou muito fã! Imagina uma música nossa? Imagina misturar um Pop, com Axé, com Sertanejo? Já até comecei a pular aqui sem nem existir a música! Rs

E indo um pouquinho mais longe na imaginação, queria muito explorar um dia meu lado Billie Eilish. Vejo muito de mim nela. E sou admiradora do trabalho que ela faz. Quem sabe um dia eu explore essa “bad”, mas do meu jeitinho brincalhão?

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