Almir Mattias teria desviado quase 70% da verba pública para investir em sua carreira musical
Nesta quarta-feira (31), a Polícia Federal de Santos, litoral de São Paulo, prendeu o sertanejo Almir Mattias. O cantor é suspeito de fraudar a compra de respiradores para o tratamento de Covid-19 no Guarujá.
A prisão foi parte da Operação Ar Puro, que investiga a aquisição de respiradores fraudados com dinheiro da União. De acordo com a PF, em informações publicadas pelo portal G1, os equipamentos obtidos eram proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por não serem eficientes no tratamento da doença respiratória causada pela infecção do coronavírus.
O esquema de corrupção teria desviado 70% do valor destinado a serviços de saúde da Prefeitura de Guarujá. Dos R$ 153 milhões concedidos para os investimentos públicos, Mattias teria ficado com R$ 109 milhões.
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Segundo o veículo, o dinheiro desviado seria utilizado para impulsionar a carreira artística de Almir, que também é empresário em uma organização social que possuía contrato com a Prefeitura para gerenciar unidades de saúde.
Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, o prefeito de Guarujá, Valter Suman, negou ter qualquer proximidade com Almir.
O sertanejo foi indiciado por diversos crimes, como corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Caso condenado, o cantor pode pegar entre 11 a 18 anos de prisão e multa.
