Entrevistas

[EXCLUSIVO]: Paula Mattos fala sobre a produção do projeto “Gênios”

Cantora conversou com o Festanejo sobre o álbum que homenageia grandes compositores brasileiros

Por trás de um sucesso sempre há um grande compositor. Paula Mattos sabe disso melhor do que ninguém. A cantora lança, nas principais plataformas digitais, o projeto “Gênios”, que tem como objetivo homenagear os principais compositores do Brasil.

A artista começou a escrever suas próprias canções com apenas 12 anos, e logo estava na estrada como backing vocal da dupla Thaeme & Thiago. O talento de Paula ganhou os holofotes com o lançamento do primeiro álbum, intitulado “Acústico”, que conta com o hit “Que Sorte a Nossa”.

Em uma entrevista exclusiva ao Festanejo, a Paula Mattos contou sobre o processo de produção do novo trabalho, quem são os homenageados, o período de pandemia da Covid-19 e o mercado do mundo sertanejo.

Como surgiu o projeto “Gênios”?

O projeto surgiu no dia do falecimento do Seu Francisco, pai do Zezé di Camargo & Luciano. Eu estava conversando com a minha empresária, falando, “poxa que pena, que perda para a nossa música sertaneja, para nossa música brasileira, e para eles!”. Ele foi um pai tão prestativo, atencioso, lutou, batalhou, acreditou no sonho, e hoje Zezé Di Camargo & Luciano é a maior dupla sertaneja do país.

A gente estava conversando e eu falando como o Zezé deve ter sofrido com as composições dele. Ele conta isso no filme, que as músicas só estouram nas vozes de outros artistas, “quando que vai chegar minha vez?”. Eu acabei passando um pouco por isso também, então eu me identifico.

Ainda na conversa, eu tive essa ideia de fazer um projeto homenageando os compositores e os grandes sucessos desses grandes compositores. Porque, às vezes, as pessoas esquecem, ouvem a música, mas não sabem quem é o compositor. Minha empresária falou: “Vamos para cima, acho que é isso!”. Nós colocamos um monte de nome no papel, e aí veio “Gênios”, e a gente sentiu na hora que seria esse o nome.

Como foi o processo de escolha dos compositores homenageados no trabalho?

Quando nasceu o projeto “Gênios”, me veio vários nomes de compositores. Fiquei muito feliz, porque é muito bacana você poder homenagear grandes nomes da música, que fizeram história, músicas que eu cresci ouvindo.

Eu falo que eu ainda sou um bebê perto deles (risos). E  pensei em fazer o César Augusto primeiro. Não desmerecendo os outros, de maneira alguma. Todos eles, para mim, são geniais. Se eu pudesse, colocaria todos no primeiro lugar, não ficaria colocando em primeiro, segundo lugar. Para mim todos são gênios.

Mas o César, que eu conheci em 2013, por meios do Gusttavo Lima, em estúdio em São Paulo, quando ele estava gravando algumas músicas minhas, e o César estava lá, ele me apresentou e tal. A gente trocou contato e sempre estamos nos falando. E quando veio essa ideia, eu liguei para ele, e ele ficou superfeliz. E então ele foi o primeiro homenageado, mas já estou preparando vários outros gênios. Vocês podem esperar que vai vir muita música incrível, gente!

Você também acompanha o trabalho de compositores internacionais?

Eu ainda não entrei nesse mundo dos compositores internacionais. Estou me preparando para fazer um curso de inglês, para saber me comunicar, para entender quem são esses grandes gênios por trás de grandes hits mundiais.

Como você encara a mistura de gêneros musicais no sertanejo atualmente?

Eu acho muito bacana. A música sertaneja vem se atualizando de alguns anos para cá. Primeiro veio o sertanejo universitário, que trouxe um pouco mais do pop. Depois veio o arrocha, a bachata, e agora está na onda do piseiro, que está misturando bastante, até misturei no Gênios. Ficou muito bacana. É um ritmo muito gostoso, muito dançante. Acho que é super válido. A música sertaneja tem se atualizado, tem unido os públicos e agradado todos os gostos.

Além do sertanejo, quais outros ritmos você gosta de ouvir?

Eu gosto de ouvir de tudo! Sertanejo, pop, funk, MPB. Eu gosto de me atualizar sobre os próximos lançamentos que a galera está curtindo, está ouvindo, para poder trazer alguns elementos para os meus projetos.

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Com quem sonha fazer uma parceria?

Têm vários artistas que eu admiro e quero muito fazer uma parceria. Mas tem uma que é um grande sonho, que é a cantora Pink. Eu me inspirei muito nela para fazer essa mudança, tanto de visual, na música “Namorando Bloqueia”, que lancei em outubro. Desde o Rock in Rio, quando ela veio para o Brasil,me apaixonei pelo trabalho dela, pela história dela, pela força. E a voz eu não precisa nem falar que é incrível! Seria uma artista que eu tenho muita vontade de fazer uma parceria.

O período de pandemia te trouxe algum novo pensamento sobre sua carreira?

Esse momento de pandemia me fez refletir sobre várias coisas. Ninguém estava esperando ficar mais de um ano sem trabalhar, sem fazer shows. Estou pensando em várias outras possibilidades. Não sei quando o mercado vai voltar, não sei quando os shows vão voltar. Temos que esperar essa vacina sair para todo mundo. Então, estou pensando em fazer projetos, em criar bastante conteúdo. Estou me preparando para a volta do mercado também, que eu acho que vai voltar bem diferente do que era antes.

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