Em entrevista exclusiva, cantora deu detalhes sobre a nova faixa, que conta com o ator Jackson Antunes no videoclipe
A essência caipira sempre é reforçada no trabalho de Bruna Viola. A nova música, “Bença”, não é um caso diferente.
A canção fala sobre a saudade da família e da vida no campo, após sair de casa para morar sozinha. Gravado em uma fazenda em Araxá, interior de Minas Gerais, o videoclipe ajuda a contar a história da faixa.
O vídeo traz a participação do ator Jackson Antunes, que interpreta o pai de Bruna. O elenco ainda conta com as atrizes Abadia Moura e Barbara Madeira.
O single não é a única novidade que Bruna prepara para este ano. A artista fez a sua estreia como atriz no filme “Sistema Bruto”, descrito como uma comédia de ação, que será lançado nos cinemas no segundo semestre.
Em um bate-papo exclusivo com o Festanejo, Bruna Viola fala sobre a história de “Bença”, a valorização da vida caipira, a sua relação com Jackson Antunes e as expectativas para os projetos futuros.
A letra de “Bença” fala sobre a saudade da família e da vida do campo. O que mais sente falta da casa dos pais?
Eu acho que é o carinho e o cuidado. Quando a gente vai para casa da gente, morar sozinho, morar fora, temos que cuidar de nós. Na casa dos pais a gente acaba tendo aquele cuidado da mãe, do pai, aquele carinho, aquela superproteção. Eu acho que não só eu, mas todo mundo que sai da casa dos pais acaba sentindo falta desse cuidado, até das broncas, das brigas, dos puxões de orelha (risos).
Jackson Antunes é uma das estrelas do videoclipe. Como surgiu a ideia de ter o ator no projeto?
A ideia de convidar o Jackson Antunes para atuar no papel como meu pai foi pelo contato que eu tive com ele durante as gravações do filme “Sistema Bruto”. A gente criou uma amizade muito bacana, e conhecer ele um pouco mais fez com que eu visse o ser humano incrível que ele é, humilde demais, e tem toda a essência caipira e raiz, assim como eu, a forma que eu fui criada.
Então, eu sabia que ele ia entregar muita verdade ali no clipe, assim como a música traz a minha história, a minha verdade. E deu bom demais, ficou incrível a participação dele.
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Em suas faixas, você sempre valoriza elementos da música e da vida caipira. Mesmo com a mistura da pisadinha, funk, entre outros gêneros no sertanejo, você acredita que ainda há espaço na indústria musical?
Não é nem questão de achar que ainda existe espaço na indústria musical para esse tipo de música, que fala da vida caipira, de sentimentos voltados mais para a família, saudade da infância, enfim. É uma questão de não deixar morrer, ou até mesmo – como eu venho falando da música “Bença” – para resgatar esse sentimento que existe dentro de todo mundo e trazer ele à tona.
Lembrar de momentos importantes da infância, de como era estar com o pai, com a mãe, de pedir a bênção para a avó, avô, mãe e pai. É essa questão que eu gosto de valorizar, esses elementos na música, falando da vida caipira, da infância. É mais para não deixar morrer e acordar dentro das pessoas isso, que, sem dúvidas, existe em todo mundo.
Até porque, em algumas músicas minhas, eu falo do romantismo também, de amor, gravei músicas românticas que fogem um pouco desse sentimento mais familiar e saudade da infância. Eu vou buscar sempre gravar esse tipo de coisa para não deixar cair no esquecimento.
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Recentemente você gravou o filme “Sistema Bruto”, que ainda será lançado. Como foi se aventurar no mundo da atuação?
O “Sistema Bruto” veio para, querendo ou não, me tirar de uma zona de conforto que eu vivo há muitos anos. Não é uma zona de conforto 100% porque a gente está sempre inovando e buscando fazer coisas diferentes, mesmo na música.
Mas, ele veio para falar “Opa! Pera aí, tem um desafio aqui para a violeira. Será que eu dou conta?”, e foi muito bacana. Fiquei muito feliz com o resultado, com tudo o que eu vivi, com toda a experiência que eu adquiri, toda convivência com ícones da televisão, poder contracenar. Foi diferente, foi muito especial, e eu tô muito feliz!
Pude assistir algumas cenas e estou feliz com o resultado e também com os elogios que recebi do diretor. Está muito bacana, a expectativa é a melhor possível para quando esse filme sair agradar muita gente! Vamos que vamos!
Para você, quais as diferenças entre se expressar artisticamente na música e na atuação?
Muda tudo, né? Eu sempre fui acostumada a sorrir para a câmera, responder olhando para a câmera, conversar com a câmera, porque a câmera ali é o público que está me assistindo, que está vendo eu dar uma entrevista ali, conversar e cantar.
E no filme uma coisa que eu não podia fazer era olhar para a câmera, porque as pessoas vão assistir uma história que vai estar acontecendo, eles não vão assistir eu contando a minha história ali, ou cantando a minha música. E era uma coisa que eu fazia muito, várias cenas eu olhava para a câmera e tinha que cortar. Eu falava ‘ai, desculpa, é costume’. Parece que a câmera puxa meu olho (risos). Mas deu tudo certo, graças a Deus. Tá vindo um filmão aí para o público!
Teremos outros lançamentos da Bruna Viola neste ano? O que podemos esperar?
Por enquanto, os dois lançamentos deste ano são a nova música de trabalho “Bença”, e no segundo semestre vai vir o filmão aí. A gente vai fazer bastante coisa com a chegada do filme aos cinemas. Tem moda nova já produzida, guardada, quietinha para ser lançada. Mas vamos ver como o trabalho vai caminhar durante o resto desse ano e pensar se vamos lançar essa moda. Tem mais duas, na verdade. Mas um degrauzinho de cada vez, vamos ver o que vai acontecer.
Assista “Bença”:
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